segunda-feira, 12 de julho de 2010

Roberto Robaina: meu pai


Muito difícil falar do seu próprio pai. No meu caso mais ainda, pois o amor não é somente familiar, mas também pessoal e profissional. Aqui vou tentar esquecer um pouco esse lado fraterno e carinhoso e falar diretamente de Roberto Robaina e o porquê de eu achar que ele merece um voto de confiança da população. Claro que deixarei a imparcialidade um pouco de lado por estar falando do meu pai, mas não deixo de ser verdadeiro e sincero – marcas da minha personalidade que adquiri com ele. Embora possam magoar as vezes, esses adjetivos me orgulham e são fundamentais para a vida e, principalmente, para a política (o que infelizmente não é lembrado por grande parte dos eleitos). Na minha descrição sobre o Roberto, decidi explorar três grandes características que marcam sua personalidade política, e neles coloco meu sincero depoimento sobre esse homem trabalhador, determinado, focado, destemido e os seus adjetivos que vou descrever: lutador, estudioso e coerente.
Lutador: O combate sempre foi seu foco: desde a luta estudantil ainda adolescente até a incansável guerra contra a injustiça de um mundo cada vez mais cruel e selvagem na atual conjuntura capitalista. Como diz ele “um modelo econômico que cada vez mais cria novas frentes de batalha”, mas que jamais são deixadas de lado por quem luta por justiça social e igualdade de direitos. A luta contra a corrupção é exemplo claro e fácil de se perceber no meu pai. Fui e sou testemunha ocular dessa batalha que ele e minha mãe Luciana Genro travam no campo político. E posso ser considerado vítima também - porque não - de reuniões e comícios desde que me conheço por gente e acredito que isso foi extremamente importante para poder acompanhar o crescimento de minha mãe. Sei da importância que Roberto Robaina teve na construção política e partidária dela; moldando e articulando para que ela hoje represente com muito orgulho o povo gaucho. Hoje posso afirmar que se meu pai não estivesse junto, a história seria totalmente diferente.
Estudioso: Além de atuar e dirigir sempre na construção de uma frente de esquerda, Roberto é intelectual. Devora livros com prazer: Hegel, Marx, Kant e tudo mais que possa ajudá-lo a entender a sociologia e a filosofia da sociedade humana. Isso o torna ainda mais capaz para conseguir discernir e representar o povo como nenhum outro. Diferente da maioria dos políticos, Roberto nunca gostou da exposição, de aparecer na TV ou de se tornar uma figura publica, por isso talvez nunca tenha se candidatado. Mas agora ele sabe que a sua experiência, conhecimento e liderança, serão muito úteis para a ascensão do PSOL. A oportunidade na assembléia ajudara o partido a crescer e formar no estado a esquerda que o PT abdicou. Fortalecendo o único partido que se mostra coerente com sua ideologia e que se pode fazer política com mãos limpas de suborno e sujas de muito trabalho.
Coerente: O PSOL não surgiu de uma jogada política e muito menos uma richa pessoal dentro do PT. A construção do PSOL foi por um ideal. A ideologia que talvez possa ser uma palavra cada mais rara e esquecida na política mas que é o cerne do PSOL. Uma ideologia de justiça social em defesa dos menos favorecidos e de transparência e coerência com o que se fala e o que se faz. O mundo vive hoje um contesto histórico peculiar: nunca estivemos em uma época tão individualista e contra-revolucionária que talvez seja fruto do próprio sistema. Mesmo assim, não é por isso que revolucionários natos como Robaina deixam de lutar. E é para que ele continue lutando com mais força que precisamos dele na Assembléia para representar quem não está satisfeito com os resultados sociais e políticos de nosso tempo.
Cabe agora ao eleitor decidir com sabedoria o destino de seu país. Dentro de todos os “fichas-sujas” e mal lavadas que aí estão, o PSOL e especificamente, seu atual presidente, Roberto Robaina, se mostram uma luz no fim do túnel para quem sabe e acredita na importância da política no pais e no mundo, e pra quem quer uma mudança com a cara do povo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Política em crise


O instrumento mais importante para o desenvolvimento da sociedade esta desacreditado entre nós. A política, que deveria ser o mecanismo de organização social mais eficiente para a construção dos indivíduos hoje é usada como carreira: Além de inúmeros casos de corrupção que assolam o País, é usada também como válvula de escape do crime para obstruir a justiça e conceder foro privilegiado para bandidos. Leis que criam defesa para quem tem mais poder ou dinheiro são utilizadas para que a impunidade ganhe cada vez mais força.
E ai começa a epidemia do descrédito.
Cada vez mais escancarados políticos são vistos na mídia realizando diversos tipos de fraudes: vídeos, contas obscuras, envolvimento com jogos recebendo propinas, fazendo chantagens, até colocando dinheiro nas meias e cuecas, o que se pode imaginar, se vê na política. Mas esse descrédito que a política vive é reflexo da impunidade que existe nesse meio. E essa crise política se agrava com a falta de mobilização da juventude, as informações cada vez mais fragmentadas e manipuladas pelos meios de comunicação, a justiça que prende um simples ladrão de galinhas (essa é velha), mas que solta, ou mesmo nem prende quem assalta milhões dos cofres públicos, são elementos que agravam todo o sistema político. Criando uma idéia de que não vale a pena lutar por nada. Ou levando a pensar que o voto não tem tanta relevância. E nisso quem tem a perder somos nós como sociedade elegendo políticos corruptos, que se infiltram na política para corrompê-la ainda mais. E é ai que a Lei Ficha Limpa entra com importância. Ela não vai resolver a crise da política, mas ela é um começo, um passo que se pode dar em direção ao objetivo maior que é a política se transformar num mecanismo eficiente, e que realmente pessoas honestas possam representar o povo no parlamento e no governo. Sua maior importância é que ela veio da própria sociedade, e se ela for aprovada vai mostrar que quando as pessoas se interessam pela política conseguem mudá-la.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Che eterno!


Só mesmo Ernesto Guevara para inspirar-me mais uma vez a escrever. Diário de motocicleta é um filme muito aquém do que esperava que fosse. Mas ao mesmo tempo desperta em mim sentimentos e sensações que o revolucionário argentino tinha de mais primoroso: compaixão, liderança, perseverança e uma simpatia cativante, fazendo com que todos a sua volta o admirassem e porque não, os liderassem. E foi segundos relatos do próprio Che que sua vida foi transformada naquela viagem.

O filme é ao mesmo tempo simples e complexo; simples por contar a história de Ernesto, um homem comum, lutador aventureiro querendo conhecer a América, mas complexo por sua mensagem de vida. A vida do próprio Che era assim. Vindo de uma família que tinha estrutura para poder seguir um caminho diferente, Che escolheu um caminho de muita luta pela igualdade que até hoje é reconhecido por milhões de pessoas. Se um pouco dessa experiência se transferisse a essa gente que o reconhece, esse espírito aguerrido de um dos revolucionários mais queridos da humanidade, talvez as injustiças e o egocentrismo humano não transformariam o homem no que caminhamos a ser: cada vez mais alienado, sem identidades ou qualquer tipo de compaixão pelo próximo. O caminho que o tira do sendo comum, para fazer dele um ícone de mudanças que nem mesmo ele poderia imaginar.

Pra mim Ernesto Guevara simboliza entre outras coisas isso; a luta pela mudança. Não porque a vida é injusta consigo, mas por não ser justa com todos. E a própria vida o condenou por tentar passar essa mensagem pela América; unir o povo em prol de um ideal de igualdade. Seu maior erro, o de tentar acabar com o mais perverso sistema econômico, o tornou no mártir que o capitalismo jamais há de sucumbir.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que é felicidade ?


*Do dicionário: estado de perfeita satisfação íntima; ventura. / Beatitude; contentamento, grande alegria, euforia, grande satisfação. ¹
A busca pelo mais desejado estado de espírito de todos os seres humanos é árdua. A consciência dessa dificuldade é o questionamento que se deve fazer para a introdução desse texto.
A felicidade momentânea e suas conseqüências são oriundas de fatores e acontecimentos que nos predispusemos a estar; esses fatores englobam uma série de subjetividades que tornaram o momento feliz. Mas essa euforia e alegria, nada mais são do que momentos, um tempo, não infindável.
A felicidade da qual se deve buscar durante a caminhada da vida é o estado de espírito feliz. Estado de espírito do qual vai nos estabelecer estarmos felizes momentaneamente também. A felicidade que se contempla de estado de espírito feliz é outra; ela é a que nos acompanha a cada dia, a cada segundo, a cada instante, tornando cada momento único e contemplativo², onde se observa os dons a ti concedidos a completa utilidade para o jogo da vida. Esses dons que podem ser ampliados pela vivencia, ampliam a gama de possibilidades do aproveitamento dessas virtudes no cotidiano, adquirindo conhecimento, e alterando nossa mente a cada instante.
O conhecimento engrandece, e a partir dele tudo fica mais feliz. Amar o conhecimento é o ponto de partida para que o individuo sai do senso comum, e se torne uma mente pensante, ativa e sabedora da importância de cada elemento, de tudo que nos envolve, o mundo.
"Felicidade é ter o que fazer, ter algo que amar, e algo que esperar." Aristóteles.
Quando se ama o conhecimento sempre temos o que fazer. E é o amor que move essa busca. A busca ininterrupta por algo a esperar, sonhar e aprender. É dele que parte o desejo de mudança; quem não ama, não sonha, não deseja, não vive, não cresce. Não, não e não. Diga sim a uma vida contemplativa ³. Diga sim a você, e busque sabedoria. Mas de nada adianta o amor, o sonho e os desejos se nada se faz para que eles se realizem. A tarefa é árdua e nem sempre prazerosa; de nada adianta os sonhos se não encararmos a realidade. De nada adianta o desejo se não ousarmos sair do mundo da ignorância, e contemplarmos o verdadeiro amor pela sabedoria. Sabedoria daquilo que amamos, sonhamos e desejamos, é o primeiro passo pra transformar essa esperança em algo real

*Texto sobre a vida ser um jogo Item 1; Objetivos (felicidade, satisfação pessoal)
¹ Dicionário Aurélio online
² O sentido de contemplativo nesse aspecto é muito amplo; ele vem conotar como admirar, refletir, olhar atentamente, para que nesse sentido venha o aprendizado desse contemplamento.
³Inpirado no filme Sim Senhor!