segunda-feira, 12 de abril de 2010

Che eterno!


Só mesmo Ernesto Guevara para inspirar-me mais uma vez a escrever. Diário de motocicleta é um filme muito aquém do que esperava que fosse. Mas ao mesmo tempo desperta em mim sentimentos e sensações que o revolucionário argentino tinha de mais primoroso: compaixão, liderança, perseverança e uma simpatia cativante, fazendo com que todos a sua volta o admirassem e porque não, os liderassem. E foi segundos relatos do próprio Che que sua vida foi transformada naquela viagem.

O filme é ao mesmo tempo simples e complexo; simples por contar a história de Ernesto, um homem comum, lutador aventureiro querendo conhecer a América, mas complexo por sua mensagem de vida. A vida do próprio Che era assim. Vindo de uma família que tinha estrutura para poder seguir um caminho diferente, Che escolheu um caminho de muita luta pela igualdade que até hoje é reconhecido por milhões de pessoas. Se um pouco dessa experiência se transferisse a essa gente que o reconhece, esse espírito aguerrido de um dos revolucionários mais queridos da humanidade, talvez as injustiças e o egocentrismo humano não transformariam o homem no que caminhamos a ser: cada vez mais alienado, sem identidades ou qualquer tipo de compaixão pelo próximo. O caminho que o tira do sendo comum, para fazer dele um ícone de mudanças que nem mesmo ele poderia imaginar.

Pra mim Ernesto Guevara simboliza entre outras coisas isso; a luta pela mudança. Não porque a vida é injusta consigo, mas por não ser justa com todos. E a própria vida o condenou por tentar passar essa mensagem pela América; unir o povo em prol de um ideal de igualdade. Seu maior erro, o de tentar acabar com o mais perverso sistema econômico, o tornou no mártir que o capitalismo jamais há de sucumbir.

Um comentário:

  1. Sabe,Fernando, foi justamente por isso que leio e dentro das minhas possibilidade observo e estudo Che Guevara. Sou uma simples mulher, com muito ainda a aprender, muito mesmo, mas que quer pra seus filhos e pra todos os outros filhos, mães, pais, avós, homens e mulheres de bem, o que é justo ter e justamente eu quero, uma das coisas que eu luto muito, é que as pessoas possam deixar de ser alienadas e no mínimo questionem e mudem algumas idéias.

    Parabéns pelo texto, vou ler os outros.

    bjs

    Vivi

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